- Banda versátil que é, o LED ZEPPELIN tem outras importantes influencias, além do BLUES e do ROCK é claro, pois Jimmy Page e John Paul Jones, antes do LED ZEPPELIN, eram músicos de estúdio, e já tinham uma lista de respeito de serviços prestados a boa música.
- SOUL, FUNK, FOLK, COUNTRY MUSIC, ROCK PROGRESSIVO, JAZZ, sempre estiveram presentes no toque dos músicos do Led Zeppelin.
- Nomes como ISLEY BROTHERS, JAMES BROWN, SLY & THE FAMILY STONE, VANILLA FUDGE, só pra falar alguns nomes, encabeçavam a lista de influências do Led Zeppelin, mas que ficaram ocultas aos ouvintes menos informados.
VÍDEO:
Communication Breakdown (Earl's Court '75)
- A música "COMMUNICATION BREAKDOWN", apresentada no vídeo do show em EARLS COURT de 1975, o Led Zeppelin, logo depois do solo de Jimmy Page, imenda um Groove de Funk que é uma música da banda ISLEY BROTHERS, a música é "IT´S YOUR THING", que possui um "riff" forte, um marcante groove de Funk, logo após o Funk se transforma em um REGGAE a la BOB MARLEY & THE WAILERS, que é outra influencia do Zeppelin (veja foto no início desta matéria c/ Page segurando um vinil deles), e ouça a música "D' YER MAKER".
- JAMES BROWN e STEVIE WONDER eram muito apreciados pelos integrantes do Zeppelin, e isso fica bem claro em músicas como TRAMPLED UNDERFOOT (do álbum Physical Graffiti ) onde o início com o Clavinete, mostra uma clara homenagem a Stevie.
Já a homenagem ao mestre James Brown, o Mr. Dynamite, aparece na música THE CRUNGE ( do álbum Houses Of The Holy).
- Toda essa versatilidade, só poderia ter gerado uma banda tão magnífica como era o LED ZEPPELIN, deixando um ensinamento para os músicos que acham que só o Blues e o Rock de CHUCKY BERRY tem vez no Rock. Quando somamos ao Rock-Blues a pegada e os "grooves" Funk-Soul-Jazz, a música ganha um molho e uma riqueza rítmica maior ainda, também os improvisos, que rolavam soltos no Zeppelin, ganhavam uma riqueza muito maior, pois eles poderiam viajar para onde quisessem.
Ney Leme
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JOHN BONHAM
Bateria precisa e coração negro
( ARTIGO DE CARLINHOS PERDIGÃO )
" A banda inglesa Led Zeppelin é considerada uma das lendas da música. Ela vendeu mais de 200 milhões de discos no mundo todo, e seus concorridos shows nos anos 70 influenciaram praticamente todas as gerações posteriores de músicos ligados ao rock’n’roll.Entretanto, durante o trajeto de sua existência (1968 – 1980), o quarteto, formado por Robert Plant (vocal e gaita), Jimmy Page (guitarra e violão), John Paul Jones (baixo e teclados) e John Bonham (bateria e percussão), não se ateve apenas ao rock. Assim, com boas doses de criatividade, o Zeppelin fomentou a ligação desse estilo com diversos outros gêneros musicais. Ou seja, através de uma poderosa fusão de elementos, o Led conseguiu reunir em sua música: as raízes folclóricas britânicas, a psicodelia, o movimento progressivo, a world music, o funk, o soul e o blues.Toda essa inventividade resultou em um som revolucionário, cheio de nuances harmônicas e variáveis melódicas. E, ao largo desse importante aspecto relacionado às composições zeppelinianas, ainda havia a questão rítmica. Essa, criada por Bonham, ficou sendo reconhecida pela história como um dos elementos essenciais para a identidade talentosa e engenhosa do grupo.
==> John Henry Bonham nasceu em 1948, e tornou-se um dos bateristas mais cultuados da música internacional. Isso ocorreu em virtude da exuberância de sua musicalidade. Ele tocava com força, vigor e estilo, e seus solos na bateria tornaram-se lendários, já que costumava percutir - nesses momentos - seu instrumento não apenas com as baquetas, mas também com as mãos.Entretanto, em nossa opinião, não é apenas o fato de Bonham tocar seu instrumento com força que o diferenciava dos demais bateristas. Na verdade, o que impressiona no seu trabalho é a precisão de suas levadas tribais e o seu jeito coração e negro de tocar. A negritude aqui é expressa em virtude de ele ser muito ligado em artistas como James Brown, Al Green e em todas as coisas da Motown, gravadora especialista em soul music. Quanto ao coração, o que se anuncia é a essência vital do seu trabalho percussivo."
## Carlinhos Perdigão :Músico autodidata, toca bateria e percussão. Possui experiências em shows por todo o Ceará e também nas cidades do Rio de Janeiro, São Luís, Natal, João Pessoa, Campina Grande e Brasília.
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Sábado, 25 de julho de 2008
Led Zeppelin - Rock sem prazo de validade por Gabriel Sáez
- Revista TORO "Há 30 anos o Led Zeppelin deu um brilho especial ao rock dos anos 70, elevando-o a um posto épico que talvez nem os integrantes da banda pudessem imaginar. A história começou em 1966, quando Jimmy Page juntou-se aos Yardbirds, ao lado de Jeff Beck na guitarra. Mas devido ao difícil temperamento de Beck todos os integrantes resolveram abandonar a banda. Então Page, com a ajuda do empresário do grupo Peter Grant, assumiu os direitos do grupo e saiu em busca de novos músicos para seguir em frente. A primeira pessoa com quem teve contato foi John Paul Jones (que assumiria o posto de tecladista e baixista do Zeppelin), com quem já havia tocado nos anos 50. Assim que recebeu o convite, Jones se colocou à disposição. Page também estava à procura de um cantor de rock que soubesse interagir naturalmente com seus solos de guitarra. E a partir da recomendação de Terry Reid (também vocalista) foi conferir Robert Plant em ação. A principal referência de Plant era Elvis Presley, além de uma série de bluesmen norte-americanos como Bukka White e Skip James. No momento em que o vocalista cantou uma versão de "Somebody to Love", do grupo psicodélico Jefferson Airplane, Page percebeu que era exatamente a voz de que sua nova banda precisava. A sonoridade que o guitarrista queria dar ao seu novo grupo já estava definida. No segundo encontro com Plant, enquanto tocava "Babe I'm Gonna Leave You", até então gravada somente por Joan Baez, comentou que gostaria de colocar canções como esta em outro contexto - o que fazia todo o sentido para Plant. Se esse encontro tivesse sido com outro vocalista, o som do Led Zeppelin poderia ter seguido outro rumo. O fato é que a afinidade de pensamento entre ambos sempre foi uma das grandes qualidades do grupo.
A indicação de John Bonham foi dada por Plant, que já havia trabalhado com o baterista. As influências deste quarto integrante estavam mais voltadas para o funk/soul de artistas da gravadora Motown, além de bateristas de jazz como Gene Krupa. Mas sua principal inspiração foi Ginger Baker, do Cream. Segundo Bonham, Baker foi o primeiro a trazer uma nova atitude, na qual o baterista não era somente um músico esquecido no fundo do palco. Esta definição servia ao baterista do Zeppelin, que era constantemente expulso de bares por tocar alto demais. Ele definitivamente não era apenas um acompanhador, mas sim uma das estrelas da banda, no mesmo patamar dos demais integrantes. Foi assim se formou a banda que ampliou os limites do rock e continua influenciando novas gerações de músicos."
A indicação de John Bonham foi dada por Plant, que já havia trabalhado com o baterista. As influências deste quarto integrante estavam mais voltadas para o funk/soul de artistas da gravadora Motown, além de bateristas de jazz como Gene Krupa. Mas sua principal inspiração foi Ginger Baker, do Cream. Segundo Bonham, Baker foi o primeiro a trazer uma nova atitude, na qual o baterista não era somente um músico esquecido no fundo do palco. Esta definição servia ao baterista do Zeppelin, que era constantemente expulso de bares por tocar alto demais. Ele definitivamente não era apenas um acompanhador, mas sim uma das estrelas da banda, no mesmo patamar dos demais integrantes. Foi assim se formou a banda que ampliou os limites do rock e continua influenciando novas gerações de músicos."




